Audiência Pública promove lugar de fala às pessoas com deficiência
Na noite de ontem (28) a Câmara Municipal de Lagoa da Prata realizou Audiência Pública com o tema Acessibilidade.
O encontro reuniu representantes do Poder Público, pessoas com deficiências diversas e a comunidade em geral. O objetivo foi debater a acessibilidade arquitetônica, comunicacional e atitudinal em órgãos públicos, privados, logradouros, vias e estabelecimentos comerciais no município.
A Audiência foi traduzida para Língua Brasileira de Sinais, pelas intérpretes de Libras Mariana Azevedo e Edilene Oliveira.
Na oportunidade foi dada a palavra há várias pessoas com os mais diversos tipos de deficiências que relataram sobre as dificuldades enfrentadas devido à falta de acessibilidade na cidade.
Além de discutir o cumprimento das leis sobre acessibilidade, dentre elas, a lei complementar 176/2017 e as leis federais 10098/2000 e a LBI (13.146/2015), as autoridades ouviram e aprenderam sobre as necessidades das pessoas com deficiências a fim de promoverem a inclusão e o acesso dessas pessoas nos mais diversos tipos de ambientes.
Entre os pontos cobrados pelos vereadores e participantes, destacam-se a necessidade de acessibilidade em obras recentementes inauguradas e reformadas, sinalização de vias públicas, acesso aos departamentos públicos, adequação do transporte público oferecido em caráter emergencial e adaptação na comunicação com pessoas com deficiência auditiva.
Diante do exposto, as autoridades engajaram no sentido de promover as mudanças solicitadas e também as adequações necessárias, sugerindo inclusive nova audiência para verificar as mudanças propostas no prazo de um ano.
A intérprete Mariana reproduziu de maneira concisa o objetivo da audiência: “é preciso dar lugar de fala às pessoas com deficiência, pois elas que vivem com a deficiência. Eu posso abraçar a causa, mas nunca vou saber o que elas passam com suas limitações”. A servidora da Câmara, Idalina Rodrigues, que é deficiente auditiva, ressaltou que: “Deficiência é plural. A mesma dificuldade de locomoção de um, pode não ser a de outro. O mesmo grau de autismo de uma pessoa, pode não ser de outro. Por isso é preciso ouvir essas pessoas para que aprendam e entendam suas reais necessidades”.
Já o representante das pessoas com deficiência física, Márcio… afirmou que os problemas apresentados “É uma crítica construtiva e uma forma de começar fazer o certo pelas pessoas com deficiência”.
Eunice Pereira, pessoa com autismo e especialista em Educação Especial, falou da importância do professor de apoio às pessoas com deficiência no âmbito educacional.
Participaram do debate o prefeito e secretários municipais, representantes da Guarda Civil Municipal, APAE, Associação de Autismo e Possibilidades (ASAP), Associação Comercial e Empresarial ACE/CDL, e pessoas com deficiência física, visual, auditiva e transtorno do espectro autista.